O suicídio é a principal causa de morte violenta no mundo, com 11,4 óbitos para cada 100 mil habitantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio. E, para cada morte, muitas outras tentativas existiram.
É difícil explicar por que algumas pessoas decidem cometer suicídio, enquanto outras em situação similar ou pior não o fazem. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte, e abordar o tema não aumenta o risco. Pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.
(Fonte: Bodega et al., 2009)
O suicídio em si não é uma doença, nem necessariamente a manifestação de uma doença, mas transtornos mentais constituem-se em um importante fator associado com o suicídio.
Diagnosticar e tratar doenças psiquiátricas é a principal medida para evitar suicídios. Por isso, é preciso rompermos o tabu em relação ao sofrimento mental: a depressão e o transtorno bipolar, entre outros transtornos mentais, podem acometer qualquer pessoa, independente de sexo, idade, personalidade ou condição social.
Depressão
Transtorno Bipolar
Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias
Gênero Masculino
Isolamento Social
Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos
Perdas Recentes
Pouca Resiliências
Ter tentado suicídio, ter familiares que tentaram ou se suicidaram, ter ideias e/ou planos de suicídio
Quem convive com o sofrimento mental precisa de acompanhamento médico e apoio de toda a família e amigos. Reconhecer comportamentos suicidas é uma das maneiras de prevenção:
Pessoas com pensamentos suicidas podem demonstrar isolamento social e desânimo para atividades que antes achavam prazerosas. O abandono do trabalho, dos estudos e dos hobbys pode sinalizar desinteresse pela vida.
Quando alguém manifestar o desejo de morrer, não ignore. Frases como “Não quero mais viver”, “não aguento mais”, “eu queria sumir” podem indicar que a pessoa está passando por intenso sofrimento.
O uso de substâncias psicoativas, associado a transtornos mentais, pode resultar em uma atitude suicida. O consumo de álcool e drogas apresenta um risco ainda maior para pessoas com sofrimento mental.
A simulação de melhora é comum em casos de tentativa de suicídio. A pessoa deprimida pode tornar-se subitamente alegre, apresentando uma melhora que despreocupa amigos e familiares, abrindo espaço para que fique sozinha.
Que a pessoa não está sozinha. Ofereça ajuda sem julgar ou dar conselhos: Diga: “estou preocupado com você. Quer conversar? O que posso fazer para te ajudar?”
Não exija que o seu amigo se sinta alegre por ter menos problemas que outras pessoas. Cada um lida com os sentimentos de forma particular.
Se a resposta for “sim”, não entre em pânico. Compartilhar pensamentos suicidas pode aliviar a sensação de isolamento.
Se você conhece uma pessoa que passa por um sofrimento mental, ouça o que ela tem a dizer e dê o apoio que ela precisa para procurar ajuda profissional. Você pode falar, por exemplo: “tudo bem se não quiser se abrir comigo, quer ajuda de um profissional?”
Se você está em sofrimento, não hesite em pedir ajuda.